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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Quando elas comandam

De gerentes a presidentes de nações. Mulheres quebram tabu e conquistam altos cargos antes dominados exclusivamente pelo homens. Confira entrevista com a executiva Alessandra Zanettique que superou os preconceitos através da competência

Por Fábio Bandeira de Mello, Administradores.com.br

O tabu de que os homens são os mais eficientes para altos cargos executivos, enfim, está acabando. Cada vez mais mulheres estão ganhando espaço em cargos gerencias, como principais executivas de empresas e até como chefes de Estado.

No último dia 31 de outubro, o Brasil demonstrou esse fato e elegeu a primeira presidente mulher de sua história. Dilma Rousseff vai entrar para um restrito "clube" de líderes de nação que conta hoje com 17 mulheres. Entre elas estão a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e Cristina Kirchner, presidente da Argentina.

Outras duas mulheres também exemplos dessa transformação e que ocupam altos cargos empresariais são: Maria das Graças Foster, diretora de Gás e Energia da Petrobras, e Luiza Trajano, diretora do Magazine Luiza. Essas duas brasileiras se tornaram símbolos de competência e sucesso na América Latina.

Por sinal, até em áreas consideradas restritamente "refúgio dos homens", essa realidade está se alterando. Na Inter.net, agência de tecnologia que oferece serviços na área de Tecnologia da Informação, por exemplo, a competência venceu o machismo. A filial da empresa aqui no Brasil foi construída em 2001, e desde o início quem preside é a Alessandra Zanetti. Ela, por sinal, é a única mulher a ocupar o cargo de CEO em todas as 13 filiais da empresa e uma das raras executivas no cenário da tecnologia, incluindo TI, Telecom e Digital.

Em um bate papo exclusivo com o www.administradores.com.br, Alessandra falou da difícil trajetória de chegar e manter-se no cargo, além dos desafios e transformações da mulher de hoje.


1 - A área de TI é conhecida por ser uma área de atuação quase exclusiva de homens. Como foi chegar ao cargo de presidente da Inter.net e manter-se a tanto tempo na função?

Não foi fácil chegar a este cargo. Foi necessário muito trabalho duro e determinação para provar que eu seria capaz de administrar e reerguer uma empresa do porte da Inter.net brasileira. Manter-se na função foi ainda mais complicado. Superamos a crise da bolha "pontocom" no início de 2000, em que fui responsável por toda a reestruturação da Inter.net para adequar a empresa a um modelo de empresa multifuncional, versátil e inovador que continua até hoje. Como mulher e profissional, tive que mostrar muito mais resultados do que o esperado para provar que eu merecia permanecer onde estava.

2 - Chegou a sofrer algum tipo de preconceito machista durante esse período?

Acredito que todo bom profissional, seja homem ou mulher, deve ter comprometimento, senso de liderança e responsabilidade. Como há uma predominância de homens no mercado de tecnologia, é normal haver uma dificuldade a mais para as mulheres em se posicionar e destacar neste setor em específico. Mas, no meu caso, nunca tive que provar que sou competente pelo fato de ser mulher apenas, e nem de sofrer preconceito machista declarado. Já senti uma hesitação e até surpresa por parte de quem me conhece pela primeira vez e vê que sou CEO de uma empresa de tecnologia, pelo próprio motivo de ser raro encontrar mulheres presidentes no ramo em que atuo. Mas, felizmente, nunca passei por uma situação de tratamento discriminatória e ofensiva.

3 - É difícil gerenciar uma equipe recheada de homens?

Não, pelo contrário, é uma convivência harmoniosa, respeitosa e bastante enriquecedora. Prezo pelo trabalho com homens dedicados, criativos e proativos. Na Inter.net, temos uma seleção rigorosa de quem irá trabalhar conosco. Nossa escolha não é só baseada em diferenciar pessoas capacitadas na área de TI e Telecom, mas profissionais comprometidos e que saibam trabalhar em equipe. Assim, aprendo muito com eles e não deixo qualquer desentendimento ou dúvida atrapalhar o relacionamento e a comunicação entre nós. Além disso, os homens têm uma visão extremamente pragmática e focada dos negócios, além de ter um posicionamento mais equilibrado e ponderado na forma de pensar e agir. Isso faz toda diferença quando você tem que gerenciar e liderar uma equipe.

4 - O que você acredita ser eficaz para gerar mais produtividade entre esses colaboradores? Para isso é preciso ter pulso firme ou utilizar o perfil "mãezona"?

Estimular a criatividade e novas ideias, valorizar o bom desempenho e estabelecer, sempre, uma comunicação aberta e colaborativa com todos. Há ocasiões em que é preciso ser rígida e ter pulso firme, principalmente quando se tomam as decisões ou surgem conflitos. Mas, da mesma forma, é necessário saber compreender e ouvir, afinal, você lida com pessoas, que têm sentimentos e emoções e são iguais a você. Isso é mais fácil para as mulheres, que costumam demonstrar um lado afetivo e emocional maior, o que é uma grande vantagem sobre os chefes homens. Saber equilibrar o emocional e racional é a chave para as executivas e líderes mulheres.

5 - Maria das Graças Foster (pela Petrobrás) e Luiza Trajano (pela Magazine Luiza) são líderes internacionalmente respeitadas pelo brilhante trabalho que fazem em seus setores. Elegemos também nossa primeira presidente. Você acredita que, enfim, as mulheres estão sendo mais reconhecidas pelo seu trabalho e, por isso, conquistando mais cargos gerenciais?

Sim, não tenho dúvidas disso. A inserção das mulheres no mercado de trabalho vem ocorrendo com grande força nos últimos anos, o que é excelente para o crescimento da independência e autonomia feminina na sociedade atual. As mulheres de hoje estão desenvolvendo seus estudos e sua carreira, atingindo o posto de liderança que, antigamente, era restrito apenas aos homens. Acho isso uma conquista extraordinária e tenho orgulho disso como mulher, pois, apesar dos entraves e dificuldades que as mulheres sofrem ainda, conseguimos avançar muito em termos de perspectiva profissional, pessoal e financeira.

6 – E sobre o mercado de Tecnologia da Informação? Você acredita que será possível desassociar essa profissão como "área geralmente para homens" e ter uma igualdade de profissionais de ambos os sexos em breve?

Sim, certamente. Já estamos observando um número expressivo de mulheres assumindo cargos de liderança nesta área de TI e isso é uma tendência para os próximos anos. Vamos ver cada vez mais mulheres se destacando em suas respectivas posições, o que inspira e estimula novas mulheres a se aventurarem por este mercado, que não necessariamente deixará de ser dominado por homens, mas contará com brilhantes contribuições femininas.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Liderança: como desafiar sua equipe a encontrar soluções?

Liderança, ao contrário do que comumente se imagina, não significa alguns tomarem mais decisões do que outros e que ser líder é um cargo

Por Valérya Carvalho , www.administradores.com.br

Se você ainda acredita que é preciso ter chefes para dar instruções aos funcionários, ou departamentos para poder gerenciar a organização, assim como objetivos para que todos saibam o que devem fazer, informações de antemão para poder decidir, metas para poder controlar o desempenho, estímulos para motivar e hierarquia para definir responsabilidades chegou a hora de repensar seus conceitos. Vivemos no século XXI e muito além das teorias de cem anos atrás, aprendidas em universidades.

Liderança é um tema que desafia constantemente os pensadores de gestão a elaborar extensas listas de qualidades do "executivo ideal" ou do "líder ideal". Na maioria dos casos, essas listas não passam de coletâneas de idéias utópicas e tediosas. As organizações não precisam de seres humanos melhores ou de patriarcas mais perfeitos, mas, necessitam de modelos de direção que estejam à altura de nosso tempo, nos quais pessoas comuns possam tomar decisões assumindo responsabilidade própria e desenvolver suas qualidades de liderança.

Como, porém, se constrói tal modelo de direção que corresponda à nossa época e seja coerente?
Em primeiro lugar, é necessário dar-se conta de que não avançaremos com padrões de comportamento clássicos, com otimização de processos e novas ferramentas. O que se precisa – ao menos na maioria das organizações – é de uma mudança de paradigma, uma visão clara de um "outro" princípio de funcionamento.

Uma boa liderança cria um ambiente em que todos são energizados. Isso, porém, não acontece a partir de uma ameaça, do medo da punição ou da promessa de prêmios e sim do desejo de dar uma contribuição positiva. Liderança, ao contrário do que comumente se imagina, não significa alguns tomarem mais decisões do que outros e que ser líder é um cargo. Significa disciplinar a si mesmo e deixar que outras pessoas tomem também decisões. Além disso, exige modéstia e uma autocompreensão de que se está a serviço dos outros.

William Edward Deming, reconhecido pela melhoria dos processos produtivos nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, afirmou certa vez que a tarefa do líder é afastar o medo da organização, de modo que os funcionários sejam encorajados a tomar decisões de maneira autônoma. É provável que poucos integrantes de alta direção, gestores de empresas e proprietários sigam esse pensamento e coloquem a luta contra o medo em suas prioridades diárias e consigam, até agora, imaginar a possibilidade de abrir mão de poder e descentralizar maciçamente as decisões.

Herb Kelleher, ex CEO da Southwest Airlines e responsável direto por instituir um estilo de liderança para a geração de equipes autônomas e de alto desempenho, disse em entrevista a HSM de março/abril 2010 que "apesar de todas as dificuldades que as companhias aéreas atravessaram nos últimos 30 anos, a Southwest Airlines não demitiu funcionários, alcançou os maiores índices de satisfação de clientes e bateu recordes na bolsa de valores". Como fazer isso? Kelleher explicou que existe um enfoque humanista no tratamento dos funcionários. A empresa os valoriza como indivíduos e não apenas como trabalhadores.

Empregadores, observem seus funcionários ou colaboradores. O que você vê? Custos? Resistência? Oportunismo? Desânimo? Você vê pessoas que precisam ser conduzidas com rédea curta e controladas por meio de inspeção, estímulos e sansões porque não se pode confiar nelas? Ou você vê seres humanos inteligentes, motivados e dignos de confiança?

Aqui fica um desafio aos líderes. Perguntem a si mesmos:

1 - São os objetivos financeiros e os de desempenho, ou, então, as relações entre as pessoas e o mercado e seus padrões de trabalho e de pensamentos em conjunto que produzem os resultados aos quais damos valor?

2 - Não são as relações e os processos que moldam a capacidade da organização de aprender, de responder rapidamente ao mercado atendendo aos fatores críticos de sucesso e de criar o conhecimento necessário para seu desempenho de longo prazo?


*Valérya Carvalho é consultora associada da Muttare, consultoria de gestão, fundada em 2002 (www.muttare.com.br). Co-fundadora e associate do Beta Codex Network (www.betacodex.org ) e Presidente da Beta Leadership Advisory. Mais de 20 anos de experiência como executiva em empresas líderes de mercado.

PROFISSIONAIS CAPACITADOS?

O mercado de fato está cada vez mais exigente, mas qual o motivo de tamanha busca pelo profissional verdadeiramente habilitado?

Em tempos antigos a formação era fator diferencial em disputas por vagas,por isso esse destaque que era privilégio de uma pequena minoria se tornou amplo e de fácil acesso a todos aqueles que quisessem ingressar em uma faculdade e obter um diploma. Assim nos deparamos com sociedades cada vez mais despreparadas para o mercado de trabalho. A pressa fez com que profissionais atropelassem o verdadeiro sentido do ensino e do conhecimento se tornando máquinas que realizam as tarefas impostas por seus superiores sem expressar interesse em mudar, inovar e criar.

As empresas buscam o diferencial, mas não produzem oportunidades nem criam ambientes favoráveis a tal postura.

Os profissionais estão estagnados em suas mesas. aguardando as próximas tarefas.

Seja diferente, seja inovador, mostre ao mercado quem você verdadeiramente é, produza ambientes saudáveis e divertidos. Seja destaque, seja único.

Andressa Gomes
Aluna de Administração
Anhanguera - BH

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Como se tornar um líder do século 21

Talento para lidar com pessoas. Disposição para encarar a complexidade. Espírito de equipe. Essas competências ganham o centro de uma transformação que vai forjar as novas lideranças e mudar as empresas. Você está preparado?

Por Alexandre Teixeira

A julgar pelo que se diz no mundo dos negócios, uma revolução libertadora está a caminho. “Deem ordens ao seu chefe o quanto antes; experimentem fazer isso logo no início. Se ele for o tipo certo de chefe, nada o agradará mais; se não for, ele não é a pessoa certa com quem vocês devam ficar”, afirmou um dos maiores nomes da siderurgia mundial. “Todo esse falatório sobre supergênios é besteira. Descobri que quando as estrelas vão embora, raramente seus departamentos sofrem”, adicionou um de seus pares. “Um empregador está sempre procurando mentes questionadoras”, disse o herdeiro de um dos grandes impérios automobilísticos. Boas-vindas à Geração Y? Não exatamente. As três frases foram ditas, respectivamente, por Andrew Carnegie (1835-1919), Charles Schwab (1862-1939) e Henry Ford II (1917-1987), dois barões do aço da virada do século 19 para o 20 e o neto do criador do conceito de linha de montagem. Suas práticas empresariais nunca foram propriamente democráticas. Durante uma greve conflituosa em sua siderúrgica, em 1892, o mesmo Carnegie que conclamava funcionários a darem ordens aos chefes refugiou-se em sua Escócia natal e enviou 300 seguranças truculentos para dispersar os trabalhadores parados.

O discurso libertário criou mofo faz tempo nas bibliotecas corporativas, mas o modelo autoritário de liderança dá sinais reais de esgotamento e algo novo começa, finalmente, a ser erguido em seu lugar. “Em grande parte, sua empresa está sendo administrada, neste exato momento, por um pequeno grupo de teóricos e profissionais que já morreram há muito tempo e criaram as regras e convenções da gestão ‘moderna’ nos primeiros anos do século 20”, afirma Gary Hamel, um dos mais influentes pensadores dos negócios da atualidade, no prefácio de O Futuro da Administração. “Contudo, à diferença das leis da física, as leis da gestão não são nem predeterminadas nem eternas – ainda bem, pois o mecanismo de gestão está sobrecarregado com o peso de uma carga que não estava programado para carregar. Mudanças abruptas, vantagens fugazes, inovações tecnológicas, concorrentes indisciplinados, mercados fragmentados, clientes poderosos, acionistas rebeldes – esses desafios do século 21 estão pondo à prova os limites da estrutura das organizações em todo o mundo, e expondo as limitações do modelo de gestão que não conseguiu acompanhar os tempos”, escreveu Hamel.

Sacudidas de um torpor de décadas para uma recessão global, muitas companhias se deram conta de que, em um período crítico de suas histórias, estão sendo comandadas por líderes do século passado. Em uma pesquisa divulgada no mês passado, a IBM constatou que 79% de um grupo de mais de 1,5 mil CEOs de 60 países e 33 setores espera aumento da complexidade, mas apenas 49% sente-se preparado para enfrentá-lo. Entre as empresas americanas, 67% admitiram, em outro levantamento recente, que seus principais gestores precisam aprimorar habilidades de liderança, e 53% afirmaram sentir falta de competências como planejamento estratégico e habilidades de comunicação (veja quadro). Muitas das principais demandas reprimidas das companhias em relação a seus líderes, como motivar gestores e desenvolver funcionários, têm a ver com gestão de pessoas. Essa competência, antes negligenciada, está no centro de uma revolução que, segundo teóricos como Hamel, marcará o fim da era da liderança autoritária e o início de um ciclo competitivo centrado no capital humano.

Recém-saídas de um torpor de décadas para uma recessão global, muitas companhias se deram conta de que são comandadas por líderes do século passado. Entre as deficiências, as mais citadas têm relação com a gestão de pessoas


ATIVOS INTANGÍVEIS
O século 21 trouxe com ele uma mudança de paradigma no modo como se gerencia. A velha economia era centrada em custo. Sua equação definidora era: preço = custo + margem. A base para a criação de valor eram os ativos tangíveis, como dinheiro, instalações e produtos. O foco estava na produção. Ou seja, na oferta de mercadorias. Isso levava os executivos a olharem sobretudo para dentro de suas fábricas. Já a nova economia centra-se no cliente. A equação do momento é outra: valor = clientes + capital intelectual. Logo, a base para a criação de valor são os ativos intangíveis, como a capacidade de capturar a inteligência dos colaboradores e as necessidades dos clientes. O fator decisivo de sucesso é a geração de demanda. Dito de outro modo, não é a oferta que cria a demanda; é a demanda que induz a oferta. Não por acaso, a manufatura de produtos muitas vezes é terceirizada. É um mundo de fronteiras difusas, no qual os esforços conjuntos para inovar transformam em borrões os limites entre diferentes companhias. “Não sei onde acaba minha empresa e começa a do meu parceiro” é uma das frases definidoras desta era.

Naturalmente, essa mudança de paradigma traz um novo leque de competências exigidas dos líderes contemporâneos. Algumas delas formam uma pequena agenda do bem, como o compromisso com o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Não é por acaso que executivos acima do peso deram lugar a profissionais em forma, muitas vezes com físicos – e rotinas – de atleta. O cuidado com o corpo e com a mente passou a ser reverenciado. Quem diz não ter tempo para isso provavelmente não se preocupará com o bem-estar de seus liderados. Ou o compromisso com a sustentabilidade. O executivo cobiçado não é o ambientalista, mas aquele que consegue enxergar novas formas de fazer negócios, aproveitando as demandas ambientais e sociais contemporâneas. Além de “do bem”, o executivo do século 21 é um generalista. As empresas de ponta já se preocupam menos com a especialidade do executivo e mais com sua capacidade de liderança. Décadas em um mesmo setor são cada vez menos valorizadas.

No que diz respeito à formação, finanças é uma disciplina mais importante hoje do que foi no passado. Valoriza-se a percepção de riscos e oportunidades no mercado. Antes, o profissional financeiro era muito técnico. Agora, tem de ser estratégico. Justamente por isso, está ficando cada vez mais comum ver diretores financeiros promovidos a presidente (leia mais na página 102). “Não dá para vir do marketing ou da operação sem muito conhecimento de finanças e assumir a presidência”, afirma Alexandre Fialho, diretor do Hay Group, uma consultoria global de gestão. Esta é uma tendência que chegou antes da crise financeira. No Brasil, está relacionada à sofisticação e à maior penetração do mercado de capitais no mundo empresarial. “Quando os juros eram muito altos, qualquer aplicação dava resultado. Agora, é preciso saber o que se está fazendo”, diz Fialho.

Jim Kouzes e Barry Posner, autores do best-seller O Desafio da Liderança, realizaram recentemente uma pesquisa com milhares de profissionais dos mais variados níveis sobre as qualidades que desejam em seus líderes. O atributo visionário só perdeu para honesto. Foi selecionado por 72% dos respondentes. “Essa é a boa notícia”, afirmam Kouzes e Posner no ensaio que escreveram para o livro A Nova Organização do Futuro. “A má é que os líderes de hoje são péssimos nisso.” Isso acontece em parte porque os profissionais e as empresas são reféns do presente, pedalando incessantemente a bicicleta dos lucros trimestrais, o que os impede de parar, por alguns minutos que seja, para pensar além dos três meses que estão adiante. Isso não é novidade no mundo das companhias abertas, mas a maior complexidade dos problemas, as doses cavalares de incerteza e as jornadas de trabalho sem fim não facilitam a vida de quem tem a obrigação de ser visionário. Não é à toa que não existem muitos Steve Jobs por aí.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Seus clientes são sua marca, afirma Tom Peters

O “guru dos gurus” do management revela as estratégias que transformam negócios simples em empresas desejadas pelos clientes

Por Fábio Bandeira de Mello, www.administradores.com.br

Uma empresa que investe milhões em estrutura, equipamentos e muitas contratações terá, obrigatoriamente, sucesso? De acordo com Tom Peters, o principal guru do management no mundo, a reposta é não! Segundo o estudioso, as empresas que visualizam como prioridade o desejo e a real necessidade do cliente saem na frente.

No Fórum HSM Estratégia, realizado em São Paulo, Peters insistiu que as empresas evitem estratégias baseadas em cifras e números, e foquem o que, para ele, sempre impulsionou os negócios em todos os tempos: as pessoas, os clientes, a "cultura" de valores e o espírito empreendedor dos gestores.

Para Tom Peters, o atributo estratégico de qualquer organização deve ser o relacionamento e a habilidade de ouvir. "Gentileza = negócios = lucros. Não ouvir os clientes ou não atender bem são coisas que podem prejudicar todo o processo de relacionamento e fidelização dos consumidores", relata o guru.

Nesse contexto, conduzir um bom relacionamento entre executivos e funcionários, funcionários com clientes e executivos e clientes torna-se fundamental. Para Tom Peters, a estratégia da empresa não deve se focar em entender a necessidade dos resultados, mas em entender as necessidades das pessoas. "As pessoas são a marca", enfatiza Peters.

Um dos ensinamentos que o guru do mundo empresarial destaca sobre o relacionamento é que essa característica tende a ser cada vez mais humanizada e puxada para o emocional. "O executivo que sabe dizer um simples obrigado para os funcionários, por exemplo, apesar de parecer banal, mostra uma atitude de verdadeiro líder. Isso manifesta uma positiva reação em cadeia dentro da empresa", afirma o guru.

Peters destaca o exemplo da Disney no tratamento dado aos frequentadores do parque desde a chegada. "A Disney teve a iniciativa de não fornecer somente um bom treinamento para seu alto escalão. Até mesmo os funcionários que trabalham no estacionamento receberam treinamento especializado para lidar com as pessoas. Uma iniciativa simples, mas que agrada todos os consumidores e ajuda a manter a 'magia' e o diferencial da companhia com o seu público", diz Peters.

Pequenas ações trazem bons resultados

Outro ponto importante para impulsionar os negócios é o poder de inovar ou reinventar conceitos já estabelecidos para levar novas experiências aos consumidores. Tom Peters destaca que esse processo pode acontecer com o mínimo de recursos, mas através de idéias boas. "Atitudes triviais podem mudar positivamente o rumo de um negócio. Existem muitas ações pequenas 'dando sopa' e que possuem um impacto enorme", afirma o guru.

Peters relata o exemplo da rede varejista Walmart, que vende desde grandes eletrodomésticos a produtos de cestas básicas, e teve uma idéia simples, mas alcançou um resultado além do esperado.

Após verificar uma tendência, de que consumidores ao comprar um grande eletrodoméstico levavam somente esse produto, a rede começou a disponibilizar carrinhos de compra maiores. Com isso, os consumidores continuavam no supermercado comprando outros produtos (comuns da cesta básica e da rotina), mesmo levando os objetos maiores.

Pense em novos consumidores, mas priorize seus clientes

Outro ponto de destaque na consolidação de uma empresa no mercado é o modo como ela se comunica com seu público. Só que a forma do consumidor lidar com a propaganda está se alterando. Se antes as pessoas compravam um produto apenas pela sua publicidade, agora as pessoas querem saber a opinião de outros consumidores que já experimentaram esse produto.

Por isso, Tom Peters alerta para a importância de atender bem seu cliente atual. "As empresas estão tão preocupadas em conseguir novos clientes que se esquecem de fazer pequenas coisas para manter seus clientes atuais", diz Peters. Para ele, as organizações que buscam atender bem seus clientes ganham disseminadores em potencial de seus produtos. "Os consumidores confiam mais na indicação de um cliente do que no anúncio da loja", afirma o guru.

Nesse processo, as redes sociais funcionam como um verdadeiro boca a boca e exercem um papel fundamental para a divulgação e disseminação de produtos e serviços oferecidos pelas organizações.

Palavra de guru

Na opinião de Tom Peters, essa nova era voltada para o relacionamento prevê também a mudança no perfil de contratação das equipes na empresa. "O profissional do futuro não deve ter apenas um MBA e ser um cara limitadamente voltado para resultados. É preciso ter algo peculiar, voltado para o social, por exemplo, mas que agregue novos valores para a empresa", disse Peters.


Mais sobre Tom Peters

Para as revistas Fortune, The Economist e outras, Tom Peters é o "guru dos gurus" do management e, assim como Michael Porter, Peter Drucker e Prahalad, é um dos maiores intelectuais corporativos do mundo. Seus livros venderam mais de seis milhões de cópias em todo o mundo, e alguns deles são considerados verdadeiros marcos no mundo dos negócios.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Comportamento: os males do individualismo excessivo

Veja por que trabalhar em equipe pode ser mais produtivo do que agir sozinho

Por Feizi Milani, www.administradores.com.br

Um dos paradoxos de nossos dias está na exigência de profissionais competitivos, de um lado, e de cidadãos que saibam trabalhar de forma ética e viver em comunidade, de outro. Ou seja: querem que saibamos partilhar, mas somos estimulados, ensinados e cobrados a vencer e superar o próximo.


Exatamente porque essa cultura ainda predomina é que precisamos trabalhar, de forma cada vez mais sistemática, continuada e eficiente, para promover princípios éticos. O ambiente escolar e universitário deve propiciar situações concretas por meio das quais os estudantes vivenciem experiências de cooperação, resolução de conflitos e convívio com as diferenças. Não basta apregoar esses valores, é preciso que eles sejam exercitados na prática.



Precisamos perceber a relação direta de causa-efeito entre o discurso da competição extrema, do sempre levar vantagem, do vencer a qualquer custo, do cuidar somente de si e do que é seu, e o panorama geral da sociedade, marcado por violências, destruição ambiental, solidão e vazio existencial.



Muitas pessoas fazem de conta que uma coisa não tem nada a ver com a outra. É como se pensassem: eu posso ser egoísta, mas a sociedade deve ser solidária! Como é possível haver uma sociedade humanizada, justa e acolhedora formada por pessoas individualistas e egocêntricas?



A cultura ocidental contemporânea se caracteriza pelo individualismo e pelo imediatismo. E como todos nós estamos imersos nessa cultura, tendemos a acreditar que trabalhar em grupo seja uma tarefa quase impossível, algo que exija um esforço sobre-humano. Reconheço que não é fácil trabalhar em grupo; no entanto, "Sozinho se vai mais rápido, mas juntos se vai mais longe".



É trabalhando em grupo que a pessoa pode aprender mais, enriquecendo sua visão ao entrar em contato com percepções diferentes. É impossível a alguém enxergar a multiplicidade de ângulos de uma questão – principalmente se esta for complexa. Ora, a maior parte dos problemas que uma empresa (ou a sociedade) enfrenta são de grande complexidade, e requerem abordagens que incluam a diversidade, a multiplicidade e a multidimensionalidade. Isso só pode ser alcançado em grupo.



A dificuldade de se trabalhar em grupo reside no fato de que esse processo depende de um conjunto de qualidades, atitudes e competências que muitos não desenvolveram ao longo de um processo de escolarização tecnicista – empatia, escuta ativa, respeito às opiniões contrárias, tolerância para com o jeito de ser de cada um, humildade em reconhecer que não é o dono da verdade, cortesia etc. É por intermédio do diálogo e da participação que um grupo se constrói.



Obviamente, ninguém nasce sabendo trabalhar em grupo. É preciso aprender, e esse aprendizado se dá na prática e ao longo da vida. Observemos os estágios do desenvolvimento infantil: o bebê não admite partilhar seus brinquedos; a criança aceita emprestar o seu brinquedo a outra, desde que haja uma permuta; a criança maior já é capaz de participar em esportes coletivos; e o adolescente busca ativamente engajar-se em algum grupo e sente prazer na partilha. O amadurecimento se dá em direção a relações de cooperação e interdependência.



Mas a cultura pode tolher esse aprendizado. Não podemos tolerar o excessivo individualismo, egoísmo que nada constrói. Temos que reaprender a trabalhar – e a nos desenvolver – em equipe.





Feizi Milani - Conferencista e professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

Entrevista? Veja as dez perguntas mais comuns nos processos de emprego

Especialistas explicam que nas entrevistas são abordadas questões sobre a formação, comportamento e família

Antes de uma entrevista de emprego, é normal o nervosismo tomar conta do candidato. É nesse momento que sempre tem alguém que diz: "É só se preparar que dá para se sair bem”. Mas, como se preparar para uma entrevista? Saber o que pode ser abordado na conversa ajuda.



“De uma maneira geral, existem três temas que abordamos na entrevista: perfil técnico, comportamental e histórico familiar”, comenta a consultora de Recrutamento e Seleção da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Ana Paula Mendes Oliveira. A ideia de abordar esses três assuntos é avaliar as expectativas do profissional às necessidades da empresa. “Quando você está com um currículo na mão, é preciso entender como o profissional conseguiu a formação e as competências que estão no currículo dele”, reforça a consultora.



Para a consultora de Recursos Humanos da Catho Online, Patrícia Pereira, as empresas procuram saber sobre a vida profissional do candidato e avaliam como ele se comporta em um ambiente de trabalho. "Avaliam como ele pode contribuir para o desenvolvimento da organização, se apresenta as competências desejadas para o cargo pretendido e se possui perfil para trazer os resultados que a empresa precisa", afirma.



“Não existem regras para responder as perguntas em entrevistas”, lembra a gerente de Projetos do Grupo Foco, Francilene Araújo. “A resposta 'quadradinha' não é bacana”, recomenda Francilene àqueles que já vão para as entrevistas armados com respostas prontas. Nem sempre dá certo.



Técnico e prático


Se, para o candidato à vaga, não é fácil encarar uma entrevista, para o entrevistador, também não é fácil selecionar. Por isso, as perguntas devem abarcar vários aspectos da vida do entrevistado, inclusive os aspectos mais pessoais. “Muitas vezes, o candidato está em um momento complicado da vida e a empresa não pode recebê-lo nessas condições”, afirma Ana Paula.




Sobre o tema que envolve questões mais técnicas, a consultora explica que as perguntas focam na formação do profissional e suas experiências no mercado. “Que tipo de atividade ele executava, a quem ele se reportava, motivo da saída. São essas as perguntas feitas sobre esse tema”, afirma.



No campo do comportamento, as perguntas tentam abordar situações que o profissional já vivenciou. “Perguntamos sobre as frustrações, conflitos e estilo de liderança que esse profissional tem”, explica Ana Paula. Nesse campo, a ideia é perceber como o profissional se porta no ambiente de trabalho. “Como ele lida com [avaliações] devolutivas negativas?”, questiona a consultora.



As dez mais


Para não chegar a uma entrevista sem ter ideia sobre os questionamentos, a gerente do Grupo Foco e a consultora da Catho listaram, a pedido do InfoMoney, as dez perguntas mais comuns em entrevistas. Lembrando que não existem regras para responder às perguntas. É preciso ser sincero, claro e manter sempre um raciocínio linear.




1. Qual a expectativa futura do profissional? Como ele se vê a médio e longo prazo? Ou quais são os objetivos a curto e médio prazo?




Francilene explica que profissionais mais experientes conseguem desenvolver melhor a resposta. “O entrevistado tem de ter um entendimento da própria carreira, do que ele quer profissionalmente”, afirma. Para a consultora da Catho, ser direto na resposta pode gerar um impacto positivo. "A longo prazo, cite sua vontade de crescer profissionalmente, alcançar outros cargos e trazer resultados", diz Patrícia.



2. Quais as expectativas do profissional com relação à vaga? O que ele deseja da posição oferecida?




“Essa pergunta vai identificar se a vaga é de fato o que o profissional quer naquele momento”, afirma Francilene. A pergunta pode ser mais direta. Para Patrícia, a pergunta "qual é o seu objetivo profissional?" é mais comum.



"Nesse momento, quanto mais alinhado o candidato for com a vaga que pretende preencher, melhor", lembra a consultora.



3. O que o profissional acha da empresa?




A gerente do Grupo Foco explica que essa pergunta é feita para aqueles que sabem qual é a empresa que oferece a vaga. “A pergunta vai revelar o interesse do candidato”, afirma Francilene. “Se ele souber qual é a empresa, ele deve olhar o site”, ressalta. Se o processo de seleção é terceirizado e a empresa não for informada aos candidatos, os profissionais devem dar uma olhada no site da empresa que está fazendo a seleção.



4. Quais foram as realizações do candidato? Ou fale sobre sua experiência profissional?




Aqui, a ideia é saber o que de fato o candidato fez nas empresas onde atuou. “Ele vai dizer como ele contribuiu para melhorar os processos de trabalho”, explica Francilene. Por exemplo, se ele é um estagiário e fez uma planilha que facilitou determinado processo, isso deve ser mencionado quando perguntado. "O ideal é o candidato mencionar resumidamente os principais resultados que alcançou nas empresas onde atuou", completa Patrícia.



5. O que o profissional tentou fazer na empresa onde atuou e não deu certo e o que ele tentou e não

conseguiu implantar por motivos externos? Ou cite uma experiência memorável na carreira e algum projeto que não deu certo.




Essa questão, assim como todas as outras, não tem segredo. “O candidato tem de responder de acordo com a experiência dele”, lembra a gerente do Grupo Foco. "O candidato pode explicar com mais detalhes uma experiência positiva que vivenciou em determinada empresa e mencionar como a sua atuação contribuiu efetivamente para a conquista daquele resultado", reforça Patrícia.



6. Qual o tipo de empresa que o candidato gostaria de trabalhar?




A questão é genérica mesmo. “Não podemos direcionar as respostas”, explica Francilene. A resposta inclui dizer em qual segmento o profissional gostaria de trabalhar, o porte da empresa e o tipo de liderança.



7. O que o líder do profissional diria a respeito dele?




“É uma pergunta para entender como ele percebe o outro. É uma autocrítica”, explica Francilene. Para os profissionais acostumados a participar de avaliações de desempenho, a resposta virá sem dificuldades, acredita Francilene.



8. Se esse profissional tiver subordinados ou colegas, o que eles achariam dele? Ou como era seu relacionamento interpessoal na última empresa?




“É para entender como o profissional percebe o ambiente no qual ele trabalha”, explica Francilene. Para Patrícia, o mais adequado é que o candidato explique que procurava manter com todos relacionamento de respeito, espírito de equipe e profissionalismo. "Caso tenha tido algum problema de relacionamento, não deve mentir, mas também, não deve fornecer detalhes", afirma a consultora.



9. Como é o seu estilo de trabalho?




Mais uma vez a pergunta é genérica. “O candidato deve responder do jeito e foco que ele achar que deve responder”, reforça a gerente.



10. Quais são os pontos positivos que favorecem o trabalho dos profissionais e os negativos que ele pode melhorar e desenvolver o trabalho dele?




"O ideal é mencionar pontos fortes que impactam diretamente nas suas atividades do dia a dia profissional", afirma Patrícia. "Uma dica é citar aquelas características que toda empresa quer em um candidato, como proatividade, dedicação, responsabilidade", aconselha, sem esquecer de que é melhor ser sucinto na resposta. Já com relação aos pontos fracos dos profissionais, a consultora aconselha não mencionar algo muito negativo. "O mais adequado é mencionar algum ponto fraco que seja uma característica boa, só que em excesso. Exagerar uma qualidade é um defeito, mas é aceitável".




A décima primeira pergunta


Por que devemos contratá-lo? Essa é a pergunta que pode deixar qualquer candidato ainda mais nervoso. Para a consultora da Catho, não existem segredos para a resposta. "O mais indicado é mencionar de forma direta alguns diferenciais do seu perfil, e como eles podem contribuir para a conquista dos resultados que a empresa deseja", aconselha Patrícia.

Por Camila F. de Mendonça, InfoMoney

quinta-feira, 22 de julho de 2010

25 dicas para se dar bem na carreira

Quem pensa que contatar pessoas somente em redes sociais ou distribuir cartões corporativos são garantias para um bom networking, está enganado! Veja dicas para um networking de qualidade

Por Redação Administradores, www.administradores.com.br

Você sabia que 70% das contratações são resultados de um bom networking? Foi exatamente o que apontou o estudo feito pela Right Management, consultoria organizacional especializada em gestão de talentos e carreira. O estudo revelou que manter uma rede de relacionamento pode fazer a diferença no momento de realizar novos negócios e, principalmente, procurar um emprego.


A justificativa para isso se deve a confiança que uma indicação proporciona para alguma determinada oportunidade. A crescente necessidade das empresas em acertar na escolha dos profissionais que vão integrar suas equipes facilita as indicações, pois, quando um profissional vem indicado, ganha, de certa forma, a "chancela" de outro profissional sobre sua capacidade.



Mas, embora muito se fale sobre networking é comum encontrar pessoas que não sabem exatamente como por em prática o seu, ou como exatamente funciona isso.



Segundo Carmem Velloso, consultora de gestão de carreiras da Right Management, "o networking se traduz na troca de informações que podem acontecer em qualquer ambiente, seja no trabalho, no curso de idiomas ou em uma roda de amigos".



Para a jornalista e especialista em marketing Clarice Pereira, da LINK Portal da Comunicação é importante que essa troca de informações aconteça de maneira informal e a pessoa esteja disposta tanto a "doar" quanto a "receber". "Converse, troque ideias, se apresente, explique os seus objetivos e tenha certeza que a pessoa que está recebendo as informações compreendeu seus objetivos e a sua atuação profissional" explica Clarisse.



Cultivar o Networking



Uma dica apontada pela consultora da Right, Carmem Velloso, é dar continuidade ao relacionamento após a troca de informações. Cultivar o networking, ainda que o profissional esteja empregado, é uma alternativa para estar bem informado, além de transmitir suas reais habilidades para outras pessoas, assim como seus interesses.



Mesmo com a correria do dia a dia e o acumulo de tarefas, os profissionais acabaram criando novos hábitos para a troca de informações. A internet pode ser um meio de contato com novas pessoas, as redes sociais provam isso. Porém, se achar que adicionar simplesmente contatos sem nenhum critério aumenta seu poder de relacionar-se no mundo analógico, você pode sofrer alguma decepção.



Por isso, é importante que o profissional não negligencie os encontros pessoais. "Usar a tecnologia e a disseminação das redes sociais é importante sem dúvida, mas o contato presencial continua sendo a melhor maneira de aplicar o networking. Reserve um horário para rever àquela pessoa que não encontra há algum tempo" aconselha Carmem Velloso.



A especialista Clarisse Pereira revela também que não é de bom grado procurar as pessoas apenas quando precisa de um favor. "Ao invés de passar uma imagem positiva, a atitude pode causar uma impressão contrária", avalia. "Ganhar a confiança do outro leva tempo e investimento pessoal", acredita. Por isso fica difícil cultivar um relacionamento verdadeiro com centenas e milhares de pessoas simultaneamente. Nesses casos, as relações serão superficiais e no momento necessário, esses contatos não se motivarão por sua causa.



Quantidade não é qualidade



Vale lembrar que quantidade não é sinônimo de qualidade e este conceito pode ser aplicado aos sites de relacionamento. Segundo Carmem Velloso, na lista de contatos deve constar pessoas com as quais exista uma relação de troca de informação. "Construa boas histórias com as pessoas, essa é a melhor receita para gerar boas memórias sobre você.", afirma à executiva.



Reuniões, palestras, cursos, eventos, conferências, atividades de lazer, entre outras formas de aproximação, são algumas formas para se construir relacionamentos duradouros.



Vejam dicas das duas consultoras para construir um networking adequado e se dar bem na carreira:



1) Estabeleça um link de relacionamento (um assunto em comum) com o outro contato;

2) Cuide para ser uma pessoa interessante. Isso inclui ler, ir ao teatro, cinema, estar bem-informada, etc.

3) Tenha em mente quais são as suas habilidades e competências;

4) Planeje antes de fazer o contato e o faça de maneira personalizada;

5) Conduza a conversa;

6) Saiba se expressar e seja claro para garantir que a pessoa esteja recebendo a informação corretamente.

7) Certifique-se de que a pessoa entendeu as suas intenções;

8) Seja você mesmo;

9) Partilhe idéias e convide o interlocutor para opinar sobre elas;

10) No primeiro contato por telefone, pergunte da disponibilidade do ouvinte em falar com você naquele momento. Caso a pessoa esteja ocupada, ligue novamente. Há pessoas que esquecem de retornar a ligação;

11) Mantenha o canal aberto para novos contatos;

12) No caso da busca por uma oportunidade de trabalho, tenha controle das pessoas com quem conversou; quando e o que foi dito;

13) Cuide da história que você está construindo;

14) Mantenha atualizada sua rede de contatos;

15) Planejar é fundamental;

16) Saiba quais os eventos que acontecem sobre o tema, e se possível, esteja presente;

17) Estude o assunto para não cometer gafes;

18) Não fale mal dos outros;

19) Quando abordar uma determinado assunto, seja claro e natural;

20) No caso de precisar de um favor, perceba se a pessoa entendeu suas intenções;

21) Marque presença junto à sua rede de relacionamentos;

22) Avalie se o novo contato vai lhe acrescentar algo, lembre-se que a relação é de troca;

23) Tenha à mão seus cartões pessoais;

24) Entenda um pouco de tudo e não se restrinja apenas à sua área profissional;

25) A sua dica!



Queremos saber o seu conselho na busca de conquistar uma carreira de sucesso.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Vai uma nota de 100 dólares aí?

Todo profissional espera ser reconhecido pelos resultados que alcança. Cabe ao líder incentivar o profissional a alcançar e a superar suas metas. Qual a forma adequada??

Por Julio Sergio Cardozo

Recentemente, uma entrevista na revista Exame me chamou a atenção. Fiquei horrorizado com a maneira que o americano David Novak, presidente da rede Yum!, dona da Pizza Hut, usa para incentivar e motivar seus empregados. Chamado pela publicação de Silvio Santos do fast food, anda com o bolso cheio de dinheiro e a cada oportunidade dá uma nota de 100 dólares para premiar seu funcionário.

Isso, na verdade, é corrupção. É levar o funcionário humilde à situação de pedinte, que faz tudo para ganhar um trocadinho. Afinal, estamos diante de empregados, funcionários e colaboradores ou de feras domesticadas que se apresentam no circo, que se fizeram corretamente o que o domador ensinou, ganha um amendoim?


Não é isso que motiva um funcionário e sim o respeito, o reconhecimento ao seu trabalho, ao seu desempenho. O famoso agrado está lá no finalzinho da lista. Não seja um empregador que mais se parece com um domador de feras e, sim, um motivador.


Uma pesquisa feita pela Cia de Talentos no Brasil, na Argentina e no México revela que os principais motivos de escolha da empresa dos sonhos pela geração Y são: bom ambiente de trabalho, desenvolvimento e crescimento profissional. O fator remuneração só foi citado por apenas 5% dos 35 mil jovens entrevistados, com idade média de 24 anos.


Ou seja, mais do que um ótimo salário, as pessoas querem ser relevantes, reconhecidas. Salário é um prêmio ao seu esforço e dedicação, aos resultados alcançados. Para isso, o líder precisa entender que o caminho não é "comprar" o funcionário com migalhas. Que exemplo Novak pensa dar ao distribuir gorjetas entre os empregados, frangos de borracha, dentaduras de plástico e outras aberrações como essas de brinde?


A matéria da revista diz que o executivo tem uma obsessão por reconhecer o desempenho dos melhores funcionários. Será mesmo? Não consigo imaginar que o uso de métodos nada convencionais como esses sejam realmente eficazes. Todo mundo quer ganhar dinheiro, mas não é a principal meta. Quem dirá, então, trocados como recompensa ao seu bom trabalho.


Não é à toa que passada a crise, as pessoas estão ávidas por trocar de emprego. Um estudo do Hay Group, realizado com 120 mil pessoas, aponta que 59% dos profissionais buscam uma nova colocação. Esse cenário não é só resultado de salários congelados, mas também de promoções adiadas para evitar demissões durante a crise.


Se antes os funcionários eram gratos por terem seus empregos mantidos, diante do reaquecimento do mercado começam a mostrar o quanto tiveram de sucumbir. Prova disso é que repensam suas perspectivas de carreira, o que pode ser muito ruim para organizações que não conseguiram tomar as medidas necessárias para implementar programas eficazes de engajamento durante os tempos difíceis.


Agora, sejam sinceros: seu talento merece ser recompensado com notas de míseros 100 dólares?

terça-feira, 13 de julho de 2010

O preço da educação

Enquanto nosso modelo de educação negligenciar a necessidade de ensinar nossos jovens a empreender e planejar sua vida, mais resignação e conformismo teremos entre os trabalhadores deste país.
Por Gustavo Cerbasi

A realidade da renda do trabalhador brasileiro não é motivo de orgulho. Temos uma renda per capita baixa em relação a países desenvolvidos, e essa baixa renda é pessimamente distribuída, refletindo grande injustiça social. Obviamente, a solução não é baixar um decreto que aumente os salários. O trabalhador simplesmente recebe o que ele vale, ou o que vale seu conhecimento e sua capacidade profissional. Ganha pouco quem agrega pouco aos resultados da empresa. A natureza do mundo dos negócios remunera mais quem contribui mais para a rentabilidade do capital dos sócios do negócio – mesmo que apenas potencialmente. Você é medido pelo que pode oferecer, e a medida mais imparcial de sua capacidade é o conhecimento que ostenta em seu currículo.

Enquanto nosso modelo de educação negligenciar a necessidade de ensinar nossos jovens a empreender e planejar sua vida, mais resignação e conformismo teremos entre os trabalhadores deste país. A constatação é evidente: não é de hoje que sobram vagas nas empresas, fruto da escassez de mão de obra qualificada. Muitas de nossas empresas que decidiram se expandir no exterior o fizeram para encontrar muito mais do que mão de obra barata. Os negócios estão em busca de mentes criativas, tecnologia e inovação, quesitos que ainda somos incapazes de produzir em níveis próximos aos que precisamos.

O desemprego, no Brasil, está próximo a seu recorde de baixa. Porém, é tão consistente a crítica no meio empresarial de que os negócios não crescem por falta de capital humano, que eu não considero otimista imaginar que poderíamos ter níveis de desemprego em torno de 5% da população ativa. Poderíamos, não fosse um detalhe: simplesmente não estamos preparados para competir com o resto do mundo, em termos de educação.

Por isso, vale a regra que já estamos acostumados a seguir para garantir nossa saúde e nossa aposentadoria. Chega de reclamar da falta de oportunidades, da preferência que o chefe deu a outro colega ou da crise do mercado. Pare de sonhar, e comece a agir. Seja um profissional maior que sua função, se quiser que reconheçam um valor maior do que ganha atualmente. Invista em educação e fortaleça seu currículo para que, em sua próxima entrevista, não existam argumentos para compará-lo com a concorrência. Afinal, a concorrência qualificada não é numerosa. Se um idioma ou um diploma a mais não lhe garantem uma promoção, no mínimo diminuem a probabilidade de você ser descartado na próxima faxina decorrente de uma crise.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Como fazer um networking vencedor?

Vamos imaginar uma cena que acontece com muita gente. Subitamente você recebe uma ligação de um amigo que há muitos anos não fala com você. A conversa começa com algo do tipo "Há quanto tempo! Você sumiuuuuuu...". Bem, você NÃO sumiu – seu endereço, seu telefone e seu e-mail continuam os mesmos. Você continua freqüentando os mesmos lugares. Qualquer um que quisesse lhe encontrar, a qualquer momento, saberia onde e como...

Você dá "corda" para o amigo, e ele segue falando. Relembra eventos dos "velhos tempos", pergunta se você ainda mantém contato com os colegas de antigamente... Quando chega o momento adequado, ele dá o "bote". Conta que está com problemas, possivelmente desempregado, e está procurando ajuda. Quem sabe uma indicação para um novo emprego?

Bem, o que vimos aqui é um exemplo de como NÃO fazer networking. Tenho certeza que muitas pessoas que estão lendo isso já se viram na situação descrita. Algumas outras podem ainda ter participado de uma cena parecida, mas na embaraçosa situação do "amigo" que só se lembra dos outros quando precisa de alguma coisa...

Fazer networking não é apenas conhecer pessoas e trocar cartões. Um networking vencedor deve ser cultivado de forma muito cuidadosa. Networking é sobre pessoas e relacionamentos, e é um grande equivoco tratar seu networking como aquela coleção de figurinhas da infância, que fica guardada em alguma caixa empoeirada que você só abre em momentos de "surto nostálgico".

A rigor, não existem regras para se fazer um bom networking, mas se fosse para elencar uma "regra principal" do networking vencedor, diria algo como "faça ANTES de precisar". Aproveite os momentos em que as coisas caminham bem e a maré está favorável para desenvolver relacionamentos e cultivá-los. Faça o que puder para conhecer pessoas novas e interessantes, que possam representar oportunidades futuras, mas se esforce ainda mais em cultivar o networking que já tem. Mantenha contato com essas pessoas, interesse-se por elas (no sentido de ser "interessado" e não "interesseiro") e faça um grande favor a si mesmo: Jamais coloque-se na situação constrangedora de ser a pessoa que lembra dos "amigos" apenas quando está em dificuldades.

Uma boa dica para pessoas que querem fazer um networking vencedor é começar com um inventário dos contatos, amigos e colegas. Antes de procurar conhecer novas pessoas, é interessante tentar fazer algo com aquilo que já temos à mão. Há quanto tempo você não dá um "alô" para seus contatos? Ligar de vez em quando ou mandar um e-mail (um e-mail pessoal, por favor nada de e-mails coletivos com mensagens "bonitinhas" ou as infames "correntes") é uma medida muito salutar.Geralmente as pessoas costumam gostar quando damos demonstrações de interesse. Melhor ainda quando não pedimos nada em troca ou insinuamos alguma intenção oculta. Se dermos, periodicamente, uma demonstração de interesse para essas pessoas, certamente será muito mais fácil conseguir algo delas no futuro caso realmente precisemos. Pequenas atitudes como essas fazem com que estejamos presentes na memória de curto prazo das pessoas. Será muito mais fácil sermos lembrados quando elas ficarem sabendo de alguma oportunidade que não interessa para elas, mas elas sabem que seria a oportunidade "da sua vida".

Não tem uma lista de contatos? Ou sua lista é muito pequena? Nesse caso é uma boa pedida investir um pouco de tempo e esforço em conhecer gente nova. Frequentar eventos de interesse de profissionais de sua área, cursos ou mesmo eventos sociais absolutamente despretenciosos. Vale tudo. Em qualquer lugar é sempre possível encontrar pessoas interessantes, mas sempre observando a regra de "fazer antes de precisar".

Deixar para fazer sua rede de contatos quando se está "na pior" é contraproducente. Geralmente quem está na posição de querer algo e não poder contribuir com nada em troca acabará ingressando em redes sociais de baixo nível. Comece a fazer sua rede de contatos e, principalmente, a cultivá-la AGORA. Não espere o momento em que vai precisar dela.

André Massaro é consultor de finanças, criador do programa integrado de desenvolvimento financeiro MoneyFit® e atua como trader independente de derivativos na bolsa de valores. É autor do livro MoneyFit (Editora Matrix).

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Dunga x Maradona: qual perfil comportamental funciona melhor?

Qual estilo de liderança você prefere: Dunga ou Maradona? É possível aprender a identificar o estilo de liderança observando os jogos da Copa do Mundo, especialmente as seleções de Brasil e Argentina.

Comportamentos são observáveis. Com um pouco de treino e conhecimento, por meio da observação, é possível identificar estilos comportamentais e, a partir daí, prever como a pessoa se comportará em determinadas situações.

Não sou conhecedor de futebol, pelo contrário, somente na época de um evento dessa magnitude, é que passo a acompanhar a maioria dos jogos e a observar o comportamento dos técnicos e de seus jogadores.

Porém, fazendo uma ligação direta com o futebol, a liderança é exercida pelo técnico da seleção. E aqui estão em jogo três competências importantes para o exercício dessa liderança, baseadas no conceito DISC, que são:

- Foco em objetivo e diretividade (competência com alta Dominância);

- Capacidade de comunicação e persuasão (competência com alta Influência)

- Investigação e lógica (competência com baixa Influência)

Tanto Dunga quanto Maradona tendem a apresentar alto grau de Dominância e, naturalmente, exercem a competência comportamental Foco em Objetivo e diretividade com maestria.

Pessoas com essas características tendem a ser muito competitivas, ambiciosas, audazes, francas, firmes, enérgicas, diretas, assertivas, objetivas, iniciadoras, esforçadas. Mas podem também demonstrar agressividade e, por vezes, arrogância.

Alguém discordaria que Dunga e Maradona possuem grande parte dessas características comportamentais? Então, onde o comportamento dos dois diverge radicalmente? Simples: Maradona é pura emoção, Dunga é pura razão.

Mas vamos entender melhor o que está por trás desse estilo comportamental e a alta e a baixa Influência que cada um apresenta, o que desencadeia diferentes perspectivas comportamentais:

Maradona possui alta capacidade de Comunicação e Persuasão. Para ele, o jogo tem que ser um show à parte, brilhar e aparecer faz parte da sua natureza comportamental. Os treinos eram abertos ao público e a mídia era sempre bem-vinda. Ele sente necessidade de agradar as pessoas, beijos e abraços são distribuídos com muita facilidade. E isso tem lá o seu poder de motivação. Jogadores se sentem queridos e protegidos, o povo argentino se sente parte do time e estamos observando os resultados desse tipo de liderança. Maradona explora o talento individual de seus jogadores, tal qual sua personalidade comportamental. E está funcionando.

Dunga possui alta capacidade de Investigação e Lógica. Nesse caso, o jogo tem que ser suficientemente eficiente para gerar os resultados que ele e o time traçaram. O show não é o que importa e tampouco se as pessoas não gostem disso. Os treinos eram fechados e a mídia não era bem-vinda. Ele não se incomoda em agradar ninguém se isso for atrapalhar seu objetivo. Ele não sente necessidade de ficar "bonito na foto". Ele quer o resultado, mesmo que um 0 x 0 seja o suficiente.

Tenho certeza que se ele pudesse optar em não dar as entrevistas coletivas, ele não daria. Ele prefere trabalhar fortemente com o seu time ao invés de trabalhar, neste momento, com a emoção dos brasileiros. Dunga explora o conjunto do time, não dando muito espaço para brilhos individuais, tal qual sua personalidade comportamental. E está funcionando.

Se você fosse escolher um estilo de liderança comportamental a desenvolver, seria o de Maradona ou o de Dunga?

Lembre-se que comportamentos são treináveis. O que precisamos identificar é qual o estilo que queremos adotar.


* Rubens Gustavo Gurevich, CEO Your Life do Brasil

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Mito ou verdade: nome da universidade pesa no currículo?

Muito se fala sobre o peso do “nome da universidade” no currículo dos profissionais. Mas até onde esta história é verdadeira? Tire suas dúvidas aqui

Por Fábio Bandeira de Mello, www.administradores.com.br


É muito provável que você já tenha escutado que aqueles que estudam em renomadas instituições de ensino superior terão mais facilidade de conseguir um emprego do que aqueles que estudam em instituições menos conceituadas. Mas será que isso é verdade? Até que ponto o nome da intituição de ensino influência a escolha dos recrutadores em uma entrevista?

Entrar e concluir uma instituição de ensino superior no Brasil, de fato, não é tarefa para todos. Segundo dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas 8% da população brasileira possuem esse diploma acadêmico. Mas quando se trata das universidades mais conceituadas, esse número de pessoas que conseguem o diploma é ainda menor.

A coach Reginah Araújo, da Escola de Executivos e Negócios Master Mind, revela que o nome da universidade influência sim e, em determinados casos, é determinante na decisão dos recrutadores em uma entrevista de emprego. "Existem universidades que são realmente referência em algumas áreas e aí, o diploma de uma dessas renomadas universidades faz a diferença na análise do currículo".

Para os olhos do mundo corporativo, o aluno de uma boa faculdade já foi aprovado duas vezes: uma quando passou no vestibular e outra quando se formou, já que o grau de exigência nestas instituições costuma ser bem maior.

Quando se trata de candidatos para estágio, trainee ou recém formados que, geralmente, não possuem ainda uma grande bagagem profissional, o peso dessa escolha é mais acentuado. Claudia Monari, consultora da Career Center, consultoria especializada em gestão estratégica de carreiras e recursos humanos revela que "muitas empresas fazem seus processos seletivos para programas de estágio e trainee e já na pré-seleção definem de quais universidades devem vir os candidatos, antes mesmo de chamá-los para uma entrevista."

Mas afinal, como saber se uma universidade é bem conceituada? Uma dessa forma é conferir a avaliação do MEC (Ministério da Educação) sobre a instituição. Para isso existe o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) que é formado por três componentes principais: a avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes. Além disso, é possível encontrar ajuda em revistas e jornais que produzem rankings de qualidade e contato com pessoas que já passaram pelas instituições.

"Nome de universidade" - diferencial até quando?

Mas quem acha que apenas estudar em uma universidade renomada terá sempre um diferencial para concorrer no mercado está profundamente enganado. Especialistas em recursos humanos entrevistados pelo Portal Administradores são unânimes em dizer que a experiência profissional anterior conta mais na hora da escolha dos candidatos.

A consultora Claudia Monari analisa como importante o conceito da universidade na decisão dos recrutadores, mas faz uma ressalva sobre o tema. "Existe a possibilidade do candidato ser escolhido por conta da universidade que fez, porém quanto mais maduro, ou seja, quanto maior a maturidade do candidato, o fator universitário vai ficando mais distante, dando espaço para experiência, que conta muito mais." Para Cláudia Monari "nada substitui a prática do dia a dia e o perfil de competências que o profissional adquire com a maturidade".

Teresa Gama, diretora e consulta do Projeto RH, empresa especializada em recrutamento e gestão pessoal, compartilha da mesma opinião. Para ela "quando a vaga requer uma experiência específica, uma maturidade profissional, o que geralmente pesa mais é a bagagem do candidato e o seu perfil. E, não apenas isso, mas também se ele buscou ampliar seus conhecimentos, teve experiências, mesmo que com projetos que possam ter propiciado uma visão crítica, analítica, postura empreendedora etc.

Outros diferencias

Na busca de um "lugar ao sol" no mercado, outro fator que colabora na conquista para uma vaga é o constante aprimoramento. Para isso, aquele que busca manter-se atualizado através de, por exemplo, cursos, palestras, intercâmbio, leituras ou um novo idioma, é um profissional mais valorizado no mercado. "A pessoa também pode fazer uma pós-graduação boa e isso também dá um peso maior à sua formação", acrescenta a diretora do Projeto RH, Teresa Gama.

Teresa salienta que "a formação é apenas um dos itens avaliados em um processo seletivo. O perfil e as competências que a posição requer têm um peso muito grande na decisão sobre a contratação. O mercado muda muito e requer um profissional atualizado e com as tendências que o cargo exige".

Mas para aqueles que ainda não possuem um currículo diferenciado e querem conquistar uma oportunidade, a especialista Reginah Araújo revela uma dica. "Quando o candidato não possui um belo currículo deve possuir um ótimo desempenho na entrevista com um bom marketing pessoal e surpreender o entrevistador".

Por tanto, independente se você possui um bom currículo ou um ainda não tão bom assim, demonstrar sempre determinação, vontade e personalidade nas tarefas exigidas são trunfos para te ajudar a ter mais sucesso no futuro e no presente da sua carreira.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A arte de saber falar: como não passar vergonha ao se apresentar!

De acordo com a consultora Rita Batista, não existem regras para se comunicar bem, mas sim orientações a serem seguidas

Por Equipe InfoMoney, InfoMoney

Existem momentos em que se apresentar é inevitável. "Meu nome é...", "Sou de..." e "Estou aqui para..." são sentenças que serão usadas durante as mais diversas ocasiões.

Na maioria dos casos, porém, tudo isso pode causar desconforto, gerado da timidez. No entanto, ao aliar desenvoltura e relevância nas informações, a apresentação se tornará rápida e objetiva.

O que, quem, como...

De acordo com a consultora da RH Internacional, Rita Batista, não existem regras para se comunicar bem durante uma apresentação, mas sim orientações a serem seguidas.

“É sempre bom estar relaxado, afinal é sobre você mesmo que irá falar. Organize, diga seu nome, para que veio e suas características”.

Um aspecto da comunicação verbal que deve ser levado em conta é o uso correto da língua portuguesa. Segundo a consultora, deve-se falar de maneira fluente e com uma linguagem objetiva.

Outro ponto para o qual Rita chama a atenção é o da preparação. Em sua avaliação, quanto mais treinamento, melhor será o resultado, mesmo tratando-se de uma simples “divulgação da imagem”.

Não faça da sua apresentação um fiasco

Pode-se dizer que saber se apresentar é uma arte. Não exagere e foque no ponto-chave daquele momento.
“Ao se apresentar para os colegas de um curso de inglês, por exemplo, não precisa contar sobre a sua vida pessoal. Apenas revele o seu objetivo com aquelas aulas e como elas serão aplicadas em sua vida”.

Outro fator importante é o vício de linguagem (“Né”, “tá”, “ok”). Dar margem a eles e a palavras imprecisas pode transformar sua apresentação pessoal em um 'circo de erros'.

"Evite excesso de gírias e gestos indevidos. Outro ponto importante é não permanecer demais em um mesmo assunto, isso irá cansar os ouvintes”, explica Rita.

A consultora sustenta que se apresentar em uma entrevista e em um curso são situações muito distintas. “Em ambos os casos é necessário planejamento, mas na entrevista você está fazendo uma venda para um ou, no máximo, três entrevistadores. Seja sucinto: 'Olá meu nome é... Estou aqui para...'”.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Confira os 10 principais erros que profissionais cometem em entrevistas e dinâmicas

Empresa de recrutamento ensina dicas para candidatos não cometerem gafes e erros na hora dessas avaliações
Por Redação Administradores, www.administradores.com.br

Como uma forma de colaborar para os profissionais que estão enfrentando a maratona de algum processo seletivo, o Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios) selecionou os 10 principais erros que candidatos cometem nessas avaliações e revela dicas de como evitar cada situação. Confira:

1. Português Inadequado: Esse é um ponto muito importante. Falar e escrever corretamente, sem o uso de gírias, conta muitos pontos para o candidato. Procure não utilizar vícios de linguagem como "né" e "tipo". Fale com calma para sua pronúncia ser correta e não soltar, por exemplo, um "tamém" ao invés de também. Caso perceba o seu erro, corrija-se, pois dessa forma o entrevistador sabe de seus conhecimentos.

2. Vestimenta: Saber se vestir é primordial. Decotes, roupas curtas ou justas, calças muito baixas mostrando as roupas íntimas e camisetas de times devem ficar guardadas para outras ocasiões. Evite roupas sujas e amassadas e aposte em cores neutras como preto, marrom, bege e branco. Quando receber a ligação sobre a vaga, pergunte qual o tipo de traje adequado. Nem todas as vagas exigem o uso de roupas sociais. Na dúvida é melhor estar bem trajado, pois demonstra sua preocupação com o momento. Os sapatos devem estar limpos e não muito velhos.

3. Falta de Ética: Falar mal sobre pessoas e empresas pelas quais você passou não é bom para sua imagem. É antiético citar exemplos negativos, principalmente quando o candidato não está envolvido no episódio. A história pode soar como fofoca e esse não é um comportamento esperado no ambiente corporativo.

4. Postura corporal: Sentar-se com postura "largada", ombros caídos, pés inquietos e batendo no chão, olhar disperso e mãos segurando a cabeça demonstrando tédio podem fazer você ser desclassificado. O corpo transmite muitas mensagens e os entrevistadores estão prontos para entendê-las. Então, tenha postura correta, mas não force gestos e expressões faciais.

5. Conversas: Evite conversas paralelas quando o facilitador ou os candidatos estiverem falando. Isso denota falta de respeito com o outro e você pode perder explicações importantes sobre o processo seletivo. Tome cuidado quando for responder uma pergunta. Seja claro e objetivo, porém saliente como pode contribuir caso seja o escolhido.

6. Mentiras: Jamais invente cursos ou experiências em seu currículo ou entrevistas. Você poderá ser testado e, caso a empresa perceba a informação incorreta, pode finalizar a participação do candidato tanto na dinâmica, quanto após a contratação. Se não tiver conhecimentos nas áreas solicitadas, mostre seu interesse em aprender.

7. Falta de conhecimento: Procure saber sobre a empresa e o ramo na qual ela atua. Visite sites e faça buscas na Internet. Assim você poderá ter mais idéias de como ela se posiciona no mercado e mostrará interesse ao entrevistador. Não pergunte sobre salários e benefícios no início da conversa. Isso demonstra o interesse maior no dinheiro e não na oportunidade. Porém, se não ficar claro, aborde o assunto antes de finalizar o encontro.

8. Atrasos: Chegar depois do horário não é bom para sua imagem. Calcule o tempo necessário para chegar ao local e conte com os imprevistos. Pesquise se na região há obras ou previsão de chuvas e saia mais cedo nesses casos. A impressão dos candidatos que se atrasam é de falta de comprometimento. Comparecer com 15 minutos de antecedência é o indicado para relaxar antes do início da entrevista.

9. Falta de postura corporativa: As dinâmicas são um momento de avaliação. Evite conversas não relacionadas com a atividade executada. Dar gargalhadas, criticar os demais participantes ou fazer piadas em excesso não são comportamentos esperados pelo selecionador. Também não queira sempre impor suas idéias, mostre sua capacidade de compreensão quando necessário.

10. Falta de participação: Você foi chamado para uma dinâmica de grupo e quer a vaga? Então participe ativamente de todas as atividades. Apenas tome cuidado para não falar demais e deixar os outros candidatos sem espaço. Mostre que você sabe trabalhar em equipe e dê a oportunidade de outras pessoas também se expressarem.

De acordo com Natália Caroline, coordenadora de seleção do Nube, essas dicas são preciosas para quem procura uma oportunidade. "Utilizando esses conhecimentos, com certeza o candidato aumentará sua chance de aprovação em um processo seletivo e de ter mais sucesso em sua carreira", afirma.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Currículo: um fator determinante na seleção O que você precisa saber para encantar os recrutadores com o seu currículo

Por Teresa Gama, www.administradores.com.br

A primeira preocupação do profissional deve ser com relação à veracidade das informações. É extremamente importante incluir apenas a graduação, os cursos extra-curriculares e experiências que tiverem sido, de fato, realizados, com informações verídicas sobre datas e períodos de conclusão. Muitos candidatos, por imaginarem que serão melhor recebidos na seleção, costumam incluir graduação e curso de idiomas como se estivessem concluídos. É extremamente importante deixar claro no documento que eles estão em andamento e qual é a previsão de conclusão, quando for o caso.

Outro ponto importante é com relação às datas de entrada e saída nas empresas em que o candidato trabalhou anteriormente. Em hipótese alguma, deve-se alterar a data de saída, na tentativa de torná-la mais próxima da data de entrada no próximo emprego. Esse erro, muitas vezes identificado na entrevista pessoal, pode fazer com que o avaliador desconfie da veracidade das demais informações do currículo. O ideal é que o candidato deixe claras as informações e explique, na entrevista, o motivo do período em que ficou sem trabalhar.


As experiências profissionais, um dos mais importantes pontos do currículo, devem vir sempre acrescidas dos desafios que o profissional enfrentou e solucionou. A empresa e o cargo são importantes, mas os principais trabalhos e projetos realizados são muito valorizados na avaliação curricular. É interessante descrever o que foi desenvolvido, se foi uma extensão de um trabalho já iniciado ou se foi implementado, as áreas parceiras no projeto e, principalmente, os resultados obtidos, para a empresa e para seu desenvolvimento.

Em seguida, pode-se mencionar a graduação e cursos de especialização. Cursos rápidos só devem ser mencionados se eles estiverem relacionados à área em que o profissional se formou, ou caso ele queira redirecionar sua carreira. Especializações são sempre bem-vindas, assim como cursos de idiomas. Caso não estejam concluídos, isso deve ficar claro no currículo e não diminui as chances do candidato. No caso específico dos idiomas, é importante registrar seu exato nível na língua estrangeira. É importante lembrar que as oportunidades que requerem idioma fluente sempre exigem validação em um teste de idiomas.

O currículo também deve estar visualmente limpo e objetivo. É importante deixar de lado a "decoração" e informações irrelevantes. Dispense papeis coloridos, a menos que sua área de atuação permita, e não abuse de ferramentas de destaque ou coloridas.

Um currículo ideal deve ter no máximo duas páginas. Assim, vale priorizar as informações mais relevantes. Todas as informações adicionais podem ser comentadas na entrevista pessoal, caso haja oportunidade. O mesmo deve acontecer com relação à pretensão salarial, que deve, preferencialmente, ser comentada na conversa com o avaliador, caso o profissional seja questionado.

Em um cenário mais competitivo, um currículo verdadeiro e bem formatado pode garantir a participação em um processo seletivo. Por isso, vale a pena investir algum tempo na sua produção.

*Teresa Gama é diretora da Projeto RH

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Deixe de ser “um” profissional para ser “o” profissional

Uma vez em que grande parte dos candidatos possui as condições mínimas e obrigatórias em uma seleção, o que leva o gestor a escolher entre um e outro?

Em nosso país 1,7 milhão de pessoas economicamente ativas estão desempregadas nas regiões metropolitanas, onde o IBGE faz a medição de seus índices. Com tantos concorrentes assim, a pergunta que fica no ar é como destacar-se no mercado para conseguir a tão almejada oportunidade de emprego?

Uma vez em que grande parte dos candidatos possui as condições mínimas e obrigatórias, o que leva o gestor a escolher entre um e outro? Para essa tarefa, geralmente, o recrutador vai além da seleção objetiva e passa a analisar os diferenciais de cada pessoa. Isso implica dizer que a empresa está interessada também nas características comportamentais deste futuro profissional, buscando encontrar no processo seletivo atos que revelem detalhes sobre sua maneira de agir e pensar.

Entre os aspectos mais avaliados em uma seletiva estão a capacidade de desenvolver trabalhos em equipe, o interesse em manter relacionamentos interpessoais harmoniosos, autoconfiança, competências para ser um bom líder e promover ações que demonstrem proatividade.

Se você possui todas essas características, além outras positivas, parabéns! Provavelmente, estará um passo à frente dos demais interessados na vaga, mas precisa saber comunicar isso ao avaliador. Caso se considere frágil em um determinado ponto importante para o desenvolvimento de sua carreira, não entre em crise. Nunca é tarde para promover o crescimento pessoal e reconhecer seus pontos fracos é o primeiro passo para a criação de um bom planejamento de recuperação.

Esse tipo de análise pode ser feita de diversas maneiras. Uma delas é o método de perguntas e respostas, comum na grande maioria das entrevistas, para que você diga quais são suas características positivas e as que precisa melhorar. Neste caso, não será avaliado apenas a sua resposta, mas a sinceridade transmitida e sua explicação. Outro forma de desvendar o comportamento do candidato é a dinâmica de grupo, muito utilizada para avaliar a maneira de agir das pessoas em uma determinada situação. É neste momento que sua personalidade virá à tona e, por isso, mantenha a calma e saiba mostrar o melhor de si.

Os projetos pessoais também servem como fonte para a conclusão do recrutador. A realização de trabalhos temporários ou voluntários é um importante indicador sobre o perfil do candidato. Mas lembre-se: caso esse tema não faça parte da entrevista, ele poderá passar despercebido. Sendo assim, aproveite a melhor oportunidade e apresente suas ações em prol do outro e da sociedade.

Atualmente, ao contrário do que muitos pensam, as experiências anteriores não são o ponto mais importante para a tomada de decisão. Muitas vezes, dependendo do cargo e das tarefas a serem cumpridas, é mais válido contratar alguém que não tenha tido contato com a área, mas que, por exemplo, demonstre vontade de trabalhar e boa capacidade de aprender, ou seja, que apresente as características comportamentais desejadas pela empresa.

Caso queira conquistar uma nova oportunidade de emprego, avalie todas essas questões e reflita quais são seus pontos positivos e o que ainda precisa desenvolver. Como qualquer empresa que deseja se manter bem sucedida no mercado onde atua jamais deixa de buscar a excelência para continuar na frente da concorrência, você também deve sempre buscar seu aprimoramento pessoal e profissional.


Por Renato Grinberg , www.administradores.com.br

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Procurando um emprego? Veja os 10 concursos com os maiores salários no país

Redação Administradores - http://www.administradores.com.br/informe-se/oportunidades

Veja abaixo uma lista com os 10 concursos abertos que oferecem os melhores salários do país. Todas as vagas exigem diploma universitário do candidato.


Órgão
(clique para ler o edital)
InscriçãoVagasSalário
Ministério Público do Espírito Santo20/55R$ 18.573
Triunal de Justiça de Santa Catarina4/621R$ 18.000
Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia25/51.377R$ 9.347
Prefeitura Municipal de Arthur Nogueira (SP)14/5194R$ 6.881
Tribunal Regional Eleitoral / RS8/642R$ 6.611
ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar)17/589 (temporárias)R$ 6.130
Prefeitura Municipal de Garopaba (SC)18/5Não DivulgadasR$ 5.550
Sead-AP (Secretaria de Estado da Administração de Amapá)14/544R$ 5.471
Aeronáutica20/521R$ 5.058
TJ-RR (Tribunal de Justiça do Estado de Roraima)20/539R$ 4.819